Tuas Mãos, ao Segurar o Cata-Vento

Edigles Guedes

Oferto-te o meu coração, dilacerado e puído;
Como as nuvens, pejadas, ofertam a chuva.
A chuva trina ao sol a pino (que se foi), diluído,
No algodão doce da praça, com sabor de uva.

Sabor de uva, sim, tu tinhas com teus brincos
A bailar na chuva, que se fora, de arrepios
De amores esconsos. Onde está o sonso trinco,
Para cerrar o meu coração em teu corrupio?

Cata-vento de papel usado por tuas mãos de criança,
Quando ainda não conhecíamos a vida e a desesperança.
Cata-vento de papel, ludologia que me estranha, hoje

(Já velho que estou), ao ver-te segurando-o em tuas mãos.
Quiçá tu não me esquecesses, quiçá o Amor não seja em vão…
Quiçá o Amor me deflagre um beijo, quiçá o Amor nos ajouje!…

27-2-2010.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...