Edigles Guedes
Se for te amar, não sei. Tudo que sei é que por Amor,
Padeço. Eu que padeço; como se padecem as pradarias
Do torrão lisboeta, que deixaram de haver por agror,
O qual se fez tão e tanto no marítimo cais, em calmaria.
Se for te amar, não sei. Só sei que de amar perecerei,
Pois a Angústia vaga à sombra do meu peito infante,
A dizer-me noite e dia: — Poeta, que calmaria te propelirei?
A calmaria do Mar, lamentoso, que a qualquer instante
Torna-se revoltoso; ou a calmaria dos Vales e Montanhas,
Que é tão nefanda quanto a do Mar: que com gana se assanha.
Eu admoestei-a: Angústia, quista irmã dos meus Pesadelos,
Irmã da Insônia atroz que me assola a desoras… Eu soí andar
Com este Fado rude. Por isso, estou tão corcunda! É o Azar
Ou a Sorte das probabilidades aleatórias — o meu desmantelo!…
27-2-2010.
Inspire-se. Surpreenda-se. Viva com leveza. Aproveite os sonetos. O romance. A desilusão. O amor. Leia e curta.
Aquário de Vida
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