Mostrando postagens com marcador Boca. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Boca. Mostrar todas as postagens

Nome



Coisa feia
É a fome;
Coisa, não, que
Tanto come

Tripas; mói os
Muitos dengos;
Rói miolos;
Dói os quengos;

Há as voltas;
Há herói?
Há mingau na

Boca, sói;
Resto é
Nada, nome!

Autor: Edigles Guedes.


Bolo



Ficar avexado
Por gula assaz.
Deixar o legado.
Goela capaz

De sóbrio deleite.
Sabor: guloseima
Que bota a gente
De boca aberta.

O cheiro de leite.
O ovo que teima.
A massa ridente.

A mão que alerta
Me faz bissetriz.
O dó contrafiz.

Autor: Edigles Guedes.


Tapioca



Livorosa comida,
Que pasmada, convida
Ao deleite lascivo
De papilas. Motivo

De fugaz alarido
Com tenaz ruminar.
O sofá comovido
Com larápio cismar.

Adianto, a boca
Mastigava, dolente,
Tapioca contente.

De repente, boboca,
No semblante cavouca
A tristura de pouca.

Autor: Edigles Guedes



Chocolate



Na minha boca: deleitante.
Paixão que sonha: labirinto.
Nenhuma lágrima germina.
Loquaz, a vista que neblina.

Na minha língua: cativante.
Fascínio pouco que avante
Me furta todos os sentidos,
Ainda sejam os fingidos.

O vinho tinto com sorriso
Lhe calha bem. Capitalizo:
Metal da folha que encobre

O corpo fértil e desdobre.
Salpinto quadro com sucinto
Capricho, quando me desminto.

Autor: Edigles Guedes.


Copo



Cilindro que vive sua vida à borda
De cútis hilária. Sou precário com torço.
Pugnaz precipício trague luzes, reflexos!
A boca rasgada pague cruzes pesadas!

Combate renhido, bis de justas espadas,
Que chagam os corpos lassos. Nós, os perplexos,
Estamos rendidos. Luz que brilha, contorço.
Cristal caberá, de tão fastoso. Discorda?

O copo que beija mão da mesa, alento
Recebe: seguir avante, vence as fráguas.
A força resiste; pé, que firme, triplica.

Um gelo navega águas cheias de mágoas.
Licor, calejado, geme; trama futrica.
Porém, que facejo:
Tudo tento, sustento.

Autor: Edigles Guedes.


Mandala

Uma mandala de cores azul, vermelho e roxo.


Caravela babou, fétida, a sua cólera.
Suei frio; calei meu desejo de mar morto.
Sofri demais com insano e cáustico dilema.
Esparramou-se o meu dentifrício tão fosco.

Deixei transparecer um gosto ou contragosto.
Esbanjei as palavras sem cédulas rimas,
Que calaram em minha bocarra. — Que Tolo!
— Falaram, maldizendo todos esta sina.

Por que amo tanto a quem não se tolera amar?…
Se ela me sorri, eu me derreto à sorrelfa.
Se ela faz um simplório gesto de mandala,

Sou capaz de pular das nuvens que me grita.
Ela não me sorriu, jamais que me deu trela.
Por isso, sofro dessas jornadas sem vindas!…


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...